terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A Concubina do Imperador

Ontem vi esse meu blog, totalmente abandonado, mas não tinha memória pra nenhum filme legal pra indicar, e hoje assisti a um que talvez valha a pena falar (já falando)

Este mais acessível que alguns, está disponível no Netflix, e se chama a Concubina do Imperador

O filme é de 2012 e retrata a história da tal Concubina, que na verdade virou Rainha se casando com o filho mais velho da rainha mãe, mas aí quando fica viúva não é mais rainha, e é uma confusão até entender como os coreanos se organizam, mas nos primeiros quinze minutos a gente entende.





A Rainha (nova), na verdade é uma moça simples que acaba entrando na corte obrigada, caso contrário poderia morrer e seu pai também.

Não dá para explicar direito a história sem dar muito spoiler, então vou aos pontos que me levaram a ver esse filme, e os que me marcaram, claro.

Primeiro de tudo, não é mainstream, é um filme coreano, particularmente gosto dos filmes orientais pois são de uma cultura totalmente diferente da nossa, e sempre me fazem pensar: Caralh*, como as pessoas vivem diferentes da gente!

A fotografia é muito bonita, e em certo momento do filme, há uma alusão muito óbvia à Pieta de Michelangelo:


O filme contém bastante nudez, e cenas bem quentes de sexo, e alguns estupros (retratando claramente como seria viver naquela época)

É um filme pra quem gosta daqueles dramalhões mexicanos, cheios de reviravoltas, vingança, traição, e acho que vale a pena dar uma conferida.

Infelizmente achei poucas fotos, e o trailer sem legenda e em coreano, mãs, me perdoem porque desta vez é só entrar no Netflix.

Beijinhos, e feliz 2017, negada!













domingo, 24 de maio de 2015

Иди и смотри

E aí, galeris!

Estou sumidinha porque vou viajar em breve, e tô numa correria aqui, mas aproveitando a deixa, como há algumas semanas tivemos o dia da Vitória, o maior desfile da história em Moscou, vou falar de um filme sobre a segunda Guerra que é, sem dúvidas, um dos melhores que já vi.

O filme se chama "vá e veja", "Idi i Smotri", (1985) algo assim em russo... É um filme soviético que retrata a história de um menino bielorrusso, o Floryia, que encontra uma arma e resolve ficar com ela pra combater os nazistas.


Ele é chamado pra servir o exército, só que o exército é uma cambada de camponeses, sem preparo, sem armas, e ele acaba sendo deixado para trás.



O filme é TÃO sinistro que o ator que interpreta o Floryia, Aleksei Kravchenko, teve acompanhamento psicológico durante as filmagens.



Acompanhamos a jornada do Floryia, e sentimos o que ele sente. Em momentos de surdez, quando bombas estouram perto dele, ficamos surdos junto com ele, nos sentimos mal como ele se sente.


Esse não é um filme de guerra que quando acaba, voltamos aos afazeres, tranquilamente,  sem pensarmos no que foi o nazismo. Esse é um filme que nos deixa realmente perturbados, desnorteados, enjoados, enojados, angustiados, PÉSSIMOS, porque ver e sentir (o nazismo)como poucas vezes expressas no cinema, é atordoante e desesperador.

É um filme que por ser soviético, poucas pessoas assistiram. Não é nada hollywoodiano, não tem um soldado americano salvando todos os judeus no final, e NEM judeu tem no filme. Mas se você gosta de ver a história por uma outra perspectiva e tem estomago, esse filme é para você!

trailler aqui.

ASSUSTADOR, NÉ?

Espero que gostem da dica :)

Dasvidanya! 


sexta-feira, 17 de abril de 2015

MINHA AMADA IMORTAL FOREVER AND EVER!!!!!

"Minha Amada Imortal" entrou na lista dos meus filmes como o melhor filme do mundo. Pelo título eu nem sei o que esperava, talvez não esperasse nada. Mas... depois de assistir, acreditem, eu assisti todos os dias por mais de uma semana.

Ok, meus sentimentos um pouco de lado, Minha Amada Imortal é um filme de 1994, estrelando o maravilhoso Gary Oldman interpretando outro ser maravilhoso e iluminado: nada mais, nada menos que Ludwig van Beethoven!!

Filme biográfico, começa com a morte de Beethoven, e um testamento deixando todas as suas posses para sua amada, a qual, ninguém conhecia. E assim, seu amigo Schindler (não, não é o Oskar Schindler, por favor), começa a investigar quem seria a amada de Beethoven, procurando pessoas que também conviveram com ele, e por aí vai...

O começo do filme já começa com a Quinta Sinfonia (a música do Dr. Enéas, 56), tragicamente anunciando "Beethoven está morto", e se encaixando perfeitamente com a cena, e as músicas de Beethoven presentes em todo o filme, todas também se encaixando perfeitamente com as cenas, um trabalho impecável!
Com o desenrolar do filme conhecemos Beethoven e é IMPOSSÍVEL não se apaixonar por ele, o vemos perdendo a audição pouco a pouco e tentando esconder de todos, o sofrimento, e a pessoa incrível, talentosa e genial que ele foi por trás de todas as péssimas coisas que falavam dele, na época.


Cada momento do filme é repleto de música. E Beethoven realmente nos faz sentir a música, e consegue nos fazer sentir o que cada uma tem que nos passar. Mas o ápice do filme acontece quando Beethoven, já completamente surdo, entra na estréia de sua obra-prima, a nona sinfonia, e sente a música - mesmo surdo...



...E nos faz sentirmos assim:




Enfim, a interpretação de Gary Oldman é impecável, um filme que faz jus a verdadeira história de um músico com M maiúsculo, e só pra quebrar essas fotos em que o Beethoven (Gary Oldman) está tristinho, vou mostrar a de quando ele vê sua "Amada Imortal", sem mais detalhes...


Fazer o que? Tenho uma queda pelo Gary Oldman...

Ah, e o trailler já fala muito, muito mais:

Cliquem aqui e vejam por vocês mesmos!

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sobre... Dersu Uzala.

Ah, sou uma péssima bloggeira; esse negócio de Blog sempre me confundiu bastante, a interface, enfim... Mas quero compartilhar, a partir de hoje, os meus comentários sobre filmes. Não críticas, porque, afinal, quem sou eu para criticar filme agora? Vou dar as dicas à partir das minhas experiências e espero que possamos trocar dicas.

A minha dica de hoje é do filme "Dersu Uzala". Não é muito fácil de achar, mas nada que um torrent não resolva.

Esse filme, do diretor japa Akira Kurosawa, conta a história de um grupo de soldados russos que vão à Sibéria fazer um levantamento topográfico. Em certo momento, um homem chamado Dersu, aparece; um nômade, caçador, que perdeu a família, de uma tribo chamada goude (embora eu não tenha achado nada a respeito, acredito que seja uma tribo nativa da Sibéria). Dersu se junta aos russos e ajuda no trabalho.

O que foi acontecendo no filme, foi o meu afeto pelo Dersu, um homem até meio mendigo, com traços bem asiáticos, que fala "a la mestre Yoda", mas EXTREMAMENTE sábio. Em vários momentos o conhecimento protege os russos de algumas armadilhas da mãe natureza, e é bonito como ele sempre pensa em tudo, nos outros, e nos outros que ele nem conhece. Um verdadeiro sábio.




Dersu, por uma medida do acaso, acaba indo a cidade com o capitão, e vemos a saudade que ele tem do mato.

Não vou dar spoiler, mas eu indico porque é um filme que foge totalmente da coisa hollywoodiana. A fotografia é maravilhosa -- sim, gente, a Sibéria é bonita! --; trata-se de uma cultura diferente da nossa, e coisas simples que aqui no Ocidente perdemos o costume de fazer, como conhecer a natureza, respeitar a natureza, partilhar a terra com os animais, e o mais lindo: a amizade que Dersu faz com o capitão, um homem da cidade.




Não convenci? Então digo que o filme é baseado em fatos reais e deixo o trailer :)

https://www.youtube.com/watch?v=ct_7VNF0_jQ